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Editora Fiocruz (2021)

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Como movimentos sociais mantêm sua influência política?

Baseado num estudo sobre o Movimento de Combate ao HIV/Aids do Brasil, este livro demonstra como os grupos ativistas podem influenciar as políticas públicas e, ao mesmo tempo, resistir à cooptação. Ele apresenta um modelo inovador de colaboração entre Estado e sociedade—corporativismo cívico—que permite que os movimentos sociais mantenham autonomia política relativa, apesar de vínculos profundos com burocratas. Burocratas que ocupam cargos em programas para grupos marginalizados dependem de aliados da sociedade civil para mobilizar pressão política sobre as elites. Estes burocratas incentivam grupos ativistas a desempenhar esse papel através de apoio financeiro e técnico dirigido a ativismo, e, ao mesmo , ajudando os movimentos sociais a sobreviver.

«Este livro é uma contribuição empírica e teoricamente preciosa para compreender como a política nacional de HIV/Aids no Brasil se tornou mundialmente conhecida como um caso de sucesso, apesar de se opor claramente às recomendações de agências multilaterais como o Banco Mundial. A autora oferece uma reconstrução rica do processo político de implementação e desvenda as estratégias dos atores estatais e da sociedade civil que animaram esse processo.

As relações entre esses atores acabaram por afiançar as capacidades da burocracia incumbida de implementar a política e por institucionalizar a atuação do movimento em torno da Aids como uma federação nacional de organizações civis de advocacia. Trata-se de um padrão específico de relações entre Estado e sociedade civil, do corporativismo cívico, que desafia não apenas as explicações convencionais, mas também os modelos teóricos mais influentes.»

Adrián Gurza Lavalle, Pesquisador do Centro de Estudos da Metrópole e professor da Universidade de São Paulo